PREFEITO MAROCA HERDA
SALÁRIOS ATRASADOS, DÍVIDAS E POUCO DINHEIRO EM CAIXA...
O
prefeito Mário Márcio Campolina Paiva (PSDB), o Maroca, fez um balanço dos
primeiros dias à frente da Prefeitura de Sete Lagoas. Como a transição foi
realizada de forma conturbada, o novo prefeito e seu secretariado ainda fazem o
levantamento da real situação da prefeitura e demais setores que compõem a
máquina administrativa.
No
entanto, as primeiras constatações não são nada positivas. Segundo Maroca, o seu
antecessor, Leone Maciel (PMDB), NÃO PAGOU AOS SERVIDORES O
SALÁRIO DE DEZEMBRO – exceto os da Educação – e NÃO FEZ O ACERTO DOS FUNCIONÁRIOS CONTRATADOS QUE FORAM
EXONERADOS. NA SAÚDE, SERVIDORES NÃO RECEBERAM PARTE DO 13º
SALÁRIO. O município também deve fornecedores.
A dívida total ultrapassa R$ 8 milhões. “Além disso, o que foi deixado em caixa, não chega a R$ 2 milhões. É muito pouco”, afirma o prefeito.
Atualmente,
a folha salarial do município chega a R$ 12 milhões mensais. Maroca garante
que, apesar das dificuldades financeiras, vai pagar em dia o salário de
janeiro. Segundo ele, no máximo até o quinto dia útil de fevereiro, os
funcionários receberão seus vencimentos. “Em relação aos atrasados, é preciso
calma. Já conversamos com o sindicato da classe e expusemos a situação na qual
se encontra o município. Não há quase dinheiro em caixa. Está sendo feito um
esforço conjunto de todas as secretarias no sentido de conter despesas para que
quitemos o ônus deixado pela administração passada”, conta. Segundo ele, o
valor total de dívidas com fornecedores ainda está sendo levantado.
O
prefeito acredita que a máquina está inchada. Maroca considera que a reforma
administrativa será o principal instrumento para a contenção de despesas.
“Projeto será enviado à Câmara, mas a reforma será iniciada por partes.
Nomeações – principalmente para os cargos de confiança – somente dentro de
nossa necessidade”, explica. O chefe do Executivo disse ainda que não aceitará
pressão por parte da base que o apoiou durante a campanha no que diz a respeito
a nomeações. “Aceitamos indicações, recebemos currículos. Mas nem o prefeito e
secretários são passíveis de pressão. As indicações serão avaliadas com
bastante critério”, avisa.
O
novo prefeito também justificou a nomeação de seu irmão, Paulo Rogério
Campolina Paiva, como Secretário Municipal de Obras. Maroca conta que se apóia
em resolução do Supremo Tribunal Federal que dispõe que a nomeação de parentes
para o primeiro escalão do governo não confirma nepotismo, já que secretários
municipais são considerados agentes políticos. “Conheço e confio no trabalho do
meu irmão, que é sete-lagoano e sensível aos problemas da cidade. Conhece Sete
Lagoas como poucos e já foi secretário em outras administrações”, afirma.
Fonte:
Site setelagoas.com.br
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