domingo, 2 de maio de 2010

NÃO INVEJE O MEU SUCESSO, TRABALHE...!!!

Certos cretinos que escrevem exclusivamente em jornal resolveram embarcar na onda petista, acusando a Internet de ser o palco das “baixarias”. Para disfarçar seu alinhamento com o partido oficial, acusam “os dois lados” de participar de uma “guerra suja”.

Ainda agora, os sites petistas espalham a mentira calhorda de que, se eleito, o tucano José Serra vai privatizar estatais. Isso é “guerra limpa” ou “guerra suja”? Eu trato dessa vigarice no meu blog faz tempo. E digo: é guerra suja pela simples e óbvia razão de que é mentira. Não vi “as” e “os” colunistas pudorosos apontar a baixaria. Ficaram de bico calado — ou melhor, com a estrelinha apagada. Acordaram para a “guerra” quando o PT começou a gritar. E grita porque, como sempre, é mau perdedor.

Arranjou para comandar a campanha na rede um senhor que tem se especializado mais em ser notícia do que em gerar notícia: o tal Marcelo Branco. E ele é bom nisso.

Consegue chamar a atenção para si até sem querer, já que se mostra um notável inimigo involuntário da língua portuguesa — ou voluntário: não estudou, certamente, porque não quis.

As iniciativas para popularizar a candidata resultaram até agora bisonhas — e os petistas são os primeiros a reclamar. Nas “entrevistas de rádio” distribuídas pelo partido, Dilma lê as respostas, redigidas, de resto, com rigoroso analfabetismo. O analfabetismo rigoroso é aquele que segue a estrutura da língua, embora o conjunto não faça sentido. Não conseguem repetir um ditado popular sem erro. Em vez de “tapar o sol com a peneira”, preferem “tampá-lo” —- isto é, meter uma tampa no Astro Rei...

Alvo constante
Tinham, não faz tempo, o monopólio do ataque. E os colunistas decorosos ficavam em silêncio. Sei o que falo porque, nesse tempo, fui alvo constante dessa canalha. Tenho as baixarias todas guardadinhas aqui. Poderia ter recorrido à Justiça. Não sei ainda o farei. Em princípio, tenho mais com que me ocupar. E acho que os juízes merecem cuidar de assunto mais sério. Acusam, caluniam, inventam ligações perigosas, sugerem complôs inexistentes, deformam imagens (imagens mesmo, fotografias), põem vídeos ofensivos no Youtube… E tudo isso por quê? Ora, porque não sou da turma. E jamais serei.

Tentativa de satanização
Tentam, e só por isso o nome “petralha” apareceu nessa história, me tomar como parte da guerra eleitoral. Nesse caso, eu seria “um jornalista tucano”, o que é um juízo energúmeno para quem entende o que escrevo. Dados os nomes reconhecíveis para identificar posições ou opiniões políticas, sou muito mais “conservador” do que o PSDB. Nem mesmo considero que a eventual eleição de José Serra contribuirá para levar o Brasil “mais perto” do que eu acho o bom lugar. Serra é de centro-esquerda — às vezes, tem posições francamente de esquerda —, e eu não sou. Mas ninguém tem o direito de duvidar do que farei como cidadão nas urnas. Escolherei o nome que acata a democracia representativa como único modo civilizado de governo.

Idéias, não candidatos
Não defendo candidaturas; defendo pontos de vista. E não é de hoje. Era assim quando FHC estava no governo, e eu e a revista e site em que trabalhava éramos tidos como “de oposição” — sem, é evidente, a fama de petistas. O governo FHC não anunciava na revista. O governo Lula também não. Aos veículos petistas, no entanto, nunca faltou dinheiro, num governo ou noutro.

As coisas funcionam assim: tucanos, quando no poder, ajudam a financiar a máquina petista porque não querem ser acusados de discriminação. Petistas, quando no poder, só financiam a própria máquina porque acreditam que estão construindo um “novo Brasil”. E perseguem abertamente os que não rezam segundo a sua cartilha.

Mais de uma vez, ouvi de gerentes de conta de agências de publicidade que a revista Primeira Leitura e seu site (chegou a ter três milhões de page views) eram bons, sim, mas não dava para anunciar porque a agência também tinha a conta da estatal X ou Y, “e os petistas, você sabe…” Sim! Eu sabia! E como! A minha revista era tão tucana que fechou por falta de anúncio, não de leitores, como vocês sabem muito bem. E o PSDB estava, como está, no poder em uma penca de estados e cidades. Sou tão tucano que sou persona non grata na “TV Cultura do Serra”… Os petistas não me deixam entrar lá. Vá ver onde estão os blogueiros do PT.

Sim, de guerra suja, essa gente entende como ninguém.

Continuem
Continuem na sua sujeira. No que me diz respeito, é o tipo de coisa que fortalece o blog, porque ainda mais gente vem para cá. Estou vacinado contra esse tipo de canalhice.

Quanto aos colunistas em surto de pudicícia, uma sugestão para reflexão: divulgar versões interessadas de chefes partidários como se fosse trabalho de rigorosa apuração é coisa pior do que guerra suja feita às claras. O “guerreiro”, ao menos, atua debaixo de algum risco. No outro caso, pode-se promover a baixaria sem temor nem perigo.

Também posso encerrar com um adesivo que tinha um tio meu num boteco de periferia: “NÃO INVEJE O MEU SUCESSO, TRABALHE!” Não tenho culpa se posso escrever em dez minutos o que a alguns pode custar um dia inteiro. Cada um com o seu talento. Parece haver gente com certo receio do confronto entre o holerite e a produção efetiva. Se a rede passou a ditar o ritmo da abordagem política, vai ver é porque algumas sólidas reputações estão vivendo mais da mitologia do que da realidade. No meu “comunismo”, o lema é este: “A cada um de acordo com sua produtividade!” Vão trabalhar e parem de encher o saco! Antes que o patrão descubra que “iguais a vocês, ele encontra mais de cem”. E por um terço do preço.

Podem vir quente que eu estou fervendo!

Por: Bog Reinaldo Azevedo

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