quinta-feira, 6 de maio de 2010

RUMO AO CADAFALSO....

Nicolau Maquiavel

Corre a boca miúda que a administração municipal vai providenciar uma demissão em massa de servidores contratados, com o intuito de enxugar a folha de pagamento.

O número cabalístico ventilado nos corredores da Prefeitura está por volta de 800 a 900 servidores a serem demitidos. As áreas preferenciais para a degola estão concentradas, principalmente, na saúde, educação e SAAE.

A estória ou boato incluem também uma auditoria rigorosa na folha de pagamento dos servidores efetivos, tendo como premissa o corte de benefícios (que a administração chama de penduricalhos) tais como: adicionais por tempo de serviço, apostilamento, dobras, extensão de carga horária; horas extras etc. etc.

Novamente as áreas mais visadas pela auditoria serão as da saúde e da educação, já que na avaliação da administração, estas duas Secretarias são as responsáveis pelo rombo no orçamento.

Dizem que o assunto está sendo tratado como segredo de Estado, sendo que a efetivação das demissões depende apenas, da condução por profissionais de marketing que foram incumbidos de “dourar a pílula” e encontrar meios para que a degola se apresente, perante a opinião pública, como medida saneadora e de moralização da administração pública municipal, e sub-repticiamente, tentar preservar o pescoço do degolador.

O estranho de tudo isto é que este boato surge, simultaneamente, com a greve desencadeada pelos servidores que reivindicam salários dignos, e se avizinha a data-base do reajuste salarial da categoria.

Das duas, uma. Ou a administração municipal está realmente em apuros e precisa tomar medidas ditas “saneadoras” demitindo e cortando benefícios de colaboradores; ou o boato foi espalhado maldosamente pelo governo municipal para erradicar - pelo medo - o ímpeto reivindicatório dos servidores.

A concretizar a segunda hipótese, tenho que a Administração Municipal assimilou, até as entranhas, os ensinamentos de Maquiavel de que “os fins justificam os meios”; o que não deixa de ser uma ironia do destino, já que, Maroca foi eleito, com o apoio - irrestrito e declarado - dos sindicalistas que representam os servidores públicos municipais.

Vamos aguardar para ver.

Por: Geraldo Donizete

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