sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

POLÍTICA NÃO DEVERIA SER PROFISSÃO.....



“Tem que mostrar serviço”.

A exigência, tão comum na cobrança popular sobre a atuação dos representantes políticos escolhidos democraticamente, talvez não se encaixe no fundamento das atividades dos prefeitos, governadores, presidentes, parlamentares.

E ser político não é profissão, não é classe trabalhadora e sua remuneração não se encaixa nos moldes capitalistas de geração de renda.

Esta é uma visão de especialistas na área, que apontam que tal modelo tende a assegurar a participação plural e o caráter temporário da função.

O cientista político Josênio Parente observa que seria inadequada uma comparação dos políticos com a classe trabalhadora, devendo a função dos políticos ser sempre representativa e não prestadora de serviços.

A visão deturpada, inclusive, estaria ocupando cada vez mais espaço na interpretação e na prática política, o que, para ele, é hoje um debate primordial para a reforma política que toma forma no Congresso Nacional.

O sociólogo Valmir Lopes destaca que o político profissional foi sendo criado ao longo da história. “Tanto que, no passado, o mandato não era remunerado. O salário foi (implementado) somente no século XX”, aponta.

A atribuição financeira aos políticos, afirma Lopes, trouxe junto a possibilidade de pessoas de menor poder aquisitivo também se candidatarem. “Antes disso, somente membros da elite poderiam ser membros do Parlamento”, explica.

Por isto vou sempre defender que a política nunca deveria ser profissão como é para muitos em nossa cidade.


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