Na reta final para a entrega da
declaração de IR (Imposto de Renda), que vai até o dia 30, é preciso ter
cautela para evitar a malha fina. Esquecer de declarar algum rendimento obtido
é o erro mais comum. Segundo a Receita, cerca de 60% das declarações barradas
contêm esse tipo de pendência.
Os contribuintes costumam incluir
dependentes como filhos adultos ou pais aposentados de olho nas deduções, mas
esquecem de declarar os rendimentos obtidos por esses dependentes.
"Mesmo uma bolsa de estágio recebida pelo filho pode
levar a declaração a ficar retida na malha fina", diz Edino Garcia, coordenador
editorial do IOB Folhamatic.
"É comum entre profissionais liberais deixar de
declarar algum honorário recebido durante o ano", afirma
Joaquim Adir, supervisor do IR na Receita Federal.
Ele acrescenta que, no ano passado,
muitos contribuintes tiveram sua declaração barrada por esquecer de declarar
resgates no plano de previdência privada.
MÉDICOS
No lado das deduções, a maior
frequência de erro surge no campo de despesas médicas. A Receita encontra as
inconsistências ao cruzar os dados com a Declaração de Serviços Médicos e de
Saúde (Dmed), que é preenchida por prestadores de serviços. Para não errar, a
recomendação é guardar todos os recibos de gastos médicos.
Segundo Juliana Fernandes, especialista
da MG Contécnica, a nota fiscal paulista pode gerar confusão. Os créditos
sacados pelo programa são isentos, mas os prêmios recebidos são considerados
rendimentos tributados na fonte.
Outro item que passa despercebido é o
ganho obtido com vendas de imóveis. Se o imóvel for vendido por um valor
superior ao da aquisição, a diferença deve ser informada à Receita. "Nesse
caso é preciso preencher um programa específico, chamado Ganhos de Capital. É
um programa auxiliar obtido no site da Receita", diz Juliana.
A crescente informatização na receita e
o cruzamento de informações elevou o número de pessoas que apresenta alguma
pendência. Segundo Adir, em uma primeira triagem, perto de três milhões de
declarações ficam com algum erro.
Por outro lado, a própria pessoa pode
acompanhar o processamento de sua declaração pelo site da Receita Federal, o
que agiliza a regularização.
"Não basta entregar e esquecer, é preciso acompanhar
o processamento pelo site da Receita. Se tiver algum problema é possível
corrigir", diz Garcia.
Fonte:
Folha de São Paulo
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