terça-feira, 14 de janeiro de 2014

APAE TEM CAUSA GANHA APÓS MOVIMENTO EM SETE LAGOAS...


A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) respira aliviada após o Ato Público “Minas Abraça as Apaes”. O movimento contra o fechamento das Apaes foi realizado na Praça da Feirinha, no dia 9 de novembro, às 9 horas, com apoio da Prefeitura Municipal de Sete Lagoas, Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Consórcio Aliança para a Saúde, Associação dos Municípios da Microrregião do Alto Rio das Velhas (AMAV) e Federação Nacional das Apaes (Fenapaes). Mais de três mil pessoas de Sete Lagoas e de vários outros municípios do Estado de Minas Gerais participaram do evento.


Após a realização do movimento, que teve repercussão na Imprensa em nível nacional, um abaixo-assinado com cerca de 30 mil assinaturas foi enviado a Brasília através de uma comissão designada pelo prefeito Marcio Reinaldo. No dia 17 de dezembro foi então votado o Plano Nacional de Educação (PNE) que, além de outras metas, prevê o acesso ao ensino especial para crianças com deficiência, com os repasses do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB). A iniciativa da Prefeitura Municipal de Sete Lagoas foi decisiva para a votação do Senado Federal em favor das escolas especiais que oferecem educação às pessoas com deficiência. As Apaes avançam com resultados positivos em prol da pessoa com deficiência intelectual e múltipla.


De acordo com o presidente da APAE de Sete Lagoas, Francisco Eugênio Barbosa Raposo, “o movimento realizado através da Prefeitura de Sete Lagoas foi muito importante para as Apaes, principalmente aqui em Minas Gerais. Após levarmos o abaixo-assinado até Brasília, o Senado votou a proposta da Meta 4 do Plano Nacional de Educação (PNE), de incluir as crianças especiais em escolas comuns. Ficou decidido que as Apaes continuarão a receber incentivos do Governo Federal e as crianças especiais terão uma educação diferenciada. Por isso, agora estamos mais tranquilos”.


Francisco Raposo acrescenta que o FUNDEB vai para os Estados e municípios, e posteriormente é repassado para as Apaes, que irão arcar com as despesas dos seus funcionários. “A APAE de Sete Lagoas conta hoje com 71 funcionários diretos, 73 do município e 41 do Estado. Se a entidade tivesse que bancar todos esses profissionais, provavelmente ela seria extinta. O prefeito Marcio Reinaldo é uma pessoa sensível à questão, por isso ele não mediu esforços para vencer essa batalha em favor das Apaes”, explica.

A entidade conta também com profissionais altamente qualificados em diversas especialidades, como fisioterapeutas, assistentes sociais, psicopedagogos, psicólogos e educadores. A APAE necessita da ajuda tanto do poder público como de empresas privadas. “Precisamos conscientizar ainda mais a sociedade para buscar novos recursos, visando a melhoria do atendimento prestado as crianças”, enfatiza Francisco Raposo.

Segundo a coordenadora de clínica da APAE de Sete Lagoas, Fernanda Maria Lopes Rocha, são muitos os benefícios que o serviço da entidade proporciona às crianças atendidas. “Percebemos que, após algum tempo de tratamento, há uma melhora no aspecto social e familiar. As crianças são as usuárias do serviço, mas nos preocupamos também com as famílias que são na sua maioria carentes. Portanto percebemos um avanço através das atividades que são realizadas na instituição. Dependendo do tipo de limitação da criança, é visível que algumas delas melhoram significativamente sua locomoção e seu aprendizado. O retorno é dado pelos professores e pelas famílias, que são chamadas periodicamente para receber orientações”, ressalta. Atualmente 625 pessoas são atendidas na APAE de Sete Lagoas, que é referência no país.


Comunicação/ Prefeitura Municipal de Sete Lagoas

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