A Associação de Pais e Amigos dos
Excepcionais (APAE) respira aliviada após o Ato Público “Minas Abraça as
Apaes”. O movimento contra o fechamento das Apaes foi realizado na Praça da
Feirinha, no dia 9 de novembro, às 9 horas, com apoio da Prefeitura Municipal
de Sete Lagoas, Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Consórcio Aliança para
a Saúde, Associação dos Municípios da Microrregião do Alto Rio das Velhas
(AMAV) e Federação Nacional das Apaes (Fenapaes). Mais de três mil pessoas de
Sete Lagoas e de vários outros municípios do Estado de Minas Gerais
participaram do evento.
Após a realização do movimento, que
teve repercussão na Imprensa em nível nacional, um abaixo-assinado com cerca de
30 mil assinaturas foi enviado a Brasília através de uma comissão designada
pelo prefeito Marcio Reinaldo. No dia 17 de dezembro foi então votado o Plano
Nacional de Educação (PNE) que, além de outras metas, prevê o acesso ao ensino
especial para crianças com deficiência, com os repasses do Fundo de Manutenção
e Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB). A iniciativa da Prefeitura
Municipal de Sete Lagoas foi decisiva para a votação do Senado Federal em favor
das escolas especiais que oferecem educação às pessoas com deficiência. As
Apaes avançam com resultados positivos em prol da pessoa com deficiência
intelectual e múltipla.
De acordo com o presidente da APAE de
Sete Lagoas, Francisco Eugênio Barbosa Raposo, “o movimento realizado através
da Prefeitura de Sete Lagoas foi muito importante para as Apaes, principalmente
aqui em Minas Gerais. Após levarmos o abaixo-assinado até Brasília, o Senado
votou a proposta da Meta 4 do Plano Nacional de Educação (PNE), de incluir as
crianças especiais em escolas comuns. Ficou decidido que as Apaes continuarão a
receber incentivos do Governo Federal e as crianças especiais terão uma
educação diferenciada. Por isso, agora estamos mais tranquilos”.
Francisco Raposo acrescenta que o
FUNDEB vai para os Estados e municípios, e posteriormente é repassado para as
Apaes, que irão arcar com as despesas dos seus funcionários. “A APAE de Sete
Lagoas conta hoje com 71 funcionários diretos, 73 do município e 41 do Estado.
Se a entidade tivesse que bancar todos esses profissionais, provavelmente ela
seria extinta. O prefeito Marcio Reinaldo é uma pessoa sensível à questão, por
isso ele não mediu esforços para vencer essa batalha em favor das Apaes”,
explica.
A entidade conta também com
profissionais altamente qualificados em diversas especialidades, como
fisioterapeutas, assistentes sociais, psicopedagogos, psicólogos e educadores.
A APAE necessita da ajuda tanto do poder público como de empresas privadas.
“Precisamos conscientizar ainda mais a sociedade para buscar novos recursos,
visando a melhoria do atendimento prestado as crianças”, enfatiza Francisco
Raposo.
Segundo a coordenadora de clínica da
APAE de Sete Lagoas, Fernanda Maria Lopes Rocha, são muitos os benefícios que o
serviço da entidade proporciona às crianças atendidas. “Percebemos que, após
algum tempo de tratamento, há uma melhora no aspecto social e familiar. As
crianças são as usuárias do serviço, mas nos preocupamos também com as famílias
que são na sua maioria carentes. Portanto percebemos um avanço através das
atividades que são realizadas na instituição. Dependendo do tipo de limitação
da criança, é visível que algumas delas melhoram significativamente sua
locomoção e seu aprendizado. O retorno é dado pelos professores e pelas
famílias, que são chamadas periodicamente para receber orientações”, ressalta.
Atualmente 625 pessoas são atendidas na APAE de Sete Lagoas, que é referência
no país.
Comunicação/ Prefeitura
Municipal de Sete Lagoas
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