Questões
foram inspiradas em provocações aos torcedores e jogadores do Cruzeiro. Exame
causou polêmica.
No exame, docente recorreu a episódios
da final entre os times de BH.
Uma
avaliação final do curso de Gestão de Segurança Privada, da disciplina
Fundamentos de Direito, de uma universidade de Belo Horizonte, virou polêmica
nas redes sociais. Não pelo vazamento das questões, grau de dificuldade nem por
fugir do conteúdo da disciplina.
Ao
formular as questões, o professor Rafael Maia, atleticano declarado, se
inspirou nos jogadores do Cruzeiro e no próprio clube em provocações aos
torcedores do time celeste, que na semana passada perdeu o título da Copa
Brasil para o arquirrival no Mineirão.
O
teste foi realizado na segunda-feira e o professor o divulgou em parte na rede
social.
“Meus
alunos cruzeirenses me provocaram o semestre todo. A resposta veio na prova
final”, reagiu Maia ao publicar imagem da folha de rosto do teste.
A
Uni-BH, com quatro unidades na capital mineira, informou em nota que “está
avaliando o caso”. “As questões refletiam as discussões humoradas tratadas
entre professor e alunos, fato que gerou grande repercussão”, diz o comunicado.
A instituição acrescentou que o docente lamentou o transtorno e garantiu que o
assunto foi esclarecido entre ele e seus estudantes.
O
conselheiro federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Mário Quintão
considerou o exame pouco educativo. “O professor foi infeliz. Tentou brincar,
elaborando questões de duplo sentido”, criticou. “Sua atitude merece sanções
pedagógicas, pois fere princípios éticos de convivência acadêmica”.
Em
sua página no Twitter, Maia minimizou a polêmica. “Em 2005, o exame da OAB/MG
tinha uma questão com o texto ‘Prefeito Municipal de Galo Caído’. Não me lembro
do chorume”, alfinetou. Ele afirmou que, em seu caso, houve reações iradas:
“Além da faculdade, tentaram me intimidar em outros lugares. Ligaram e fizeram
pressão. Minha chefe e a chefe dela não viram nada demais. Elogiaram o senso de
humor. Entenderam que não houve ofensas”.
DEFESA - Maia
sustentou, nas redes sociais, que seus alunos cruzeirenses foram aos
coordenadores para defendê-lo. Em suas postagens, se desculpou com o atacante
cruzeirense Dagoberto, agredido na partida pelo volante atleticano Leandro
Donizete, que serviu de personagem numa das questões: “Só preciso pedir
desculpas ao Dagoberto. Na vida real, ele não contrabandeava cosméticos. Foi
vítima na história”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário