O “País do faz de Conta” continua surpreendendo. As mazelas articuladas no passado trouxeram efeitos devastadores não somente na política, como em toda sociedade. A economia do país estagnou, o dólar disparou (para alegria dos exportadores), Dilma se afasta a cada dia mais do fantasma do impeachment (vale a pena lembrar que por muito, muitíssimo menos, Color foi cassado), e o super Ministro da Economia Joaquim Levy faz o que quer e que se “exploda” o pobre e seus empregos públicos ou não.
Os Deputados Federais não perdem a pose
de negociar seus desejos em troca de votos, os partidos políticos de menor
porte continuam reféns dos majoritários e a Câmara dos Deputados agora é foco
da atenção geral da nação. Tal como queriam. Os holofotes estão virados para os
excelentíssimos senhores deputados. Muito bem.
Como ficou a história?
Não é um conto de fadas, mas assusta
criancinhas grandes. Mais uma oportunidade de mudarmos definitivamente a forma
de se fazer política no Brasil, foi para o ralo. Mudou pouca coisa, ou quase
nada. Presidente, Governador e Prefeito vão ter a partir de agora, somente um
mandato para fazer alguma coisa e ficar na história, ou não fazer nada e ter
seu nome rabiscado dela. Mas a regra não vale para quem já estar no poder em
seu primeiro mandato. É para quem vai tentar entrar no circuito agora. Se me
perguntarem se valeu a pena eu digo, valeu. Definitivamente, a única notícia boa
(politicamente falando), que tive nos últimos anos. A continuidade de um
administrador público frente a um governo é problemática para a sociedade e
para ele mesmo.
Se ele foi 10 no primeiro mandato, o desgaste natural sofrido afeta, se reeleito, o segundo, e ele ganha um cinco. A máquina em sua mão, mesmo não sendo usada de forma direta para reeleição, é alvo de críticas e perseguições e o infeliz, sofre ações não somente da oposição inquieta, mas da Justiça que não dá nem um minuto de trégua. E quando ele, em seu segundo mandato, toma um pouco de folego para fazer algo grandioso, ninguém deixa fazer nada e ai, adeus ao sonho de se fazer alguma coisa. Finalizando, quem quer ser candidato digamos, a prefeito, pense a partir de agora se vale a pena. Se você é do tipo honesto que quer trabalhar de verdade para o povo, prepare-se para a ingratidão, traição, maldição e todo “ão” que você conseguir escrever. Aos olhos do povo, por culpa dos maus políticos, nenhum presta, nenhum é honesto.
Agora, se você pretender ser um administrador público, e tem a ideia de que tudo é um “paraíso” e que você vai fazer a “farra”, vai dar emprego para a família toda, para os amigos, os financiadores da campanha, os aliados políticos, vai ficar rico com empreiteiras e fornecedores desonestos, mandar e desmandar, ser o coronel intocável da cidade, o “bão na fita” lhe digo que “o sonho acabou”. Se eleito, agora você só vai ter quatro anos, talvés até cinco se for aprovado em Brasília. Tempo pequeno para não fazer quase nada num país como o Brasil, que vai demorar uns 10 anos para se recuperar do desastre causado pelos irresponsáveis da nossa política.
Se ele foi 10 no primeiro mandato, o desgaste natural sofrido afeta, se reeleito, o segundo, e ele ganha um cinco. A máquina em sua mão, mesmo não sendo usada de forma direta para reeleição, é alvo de críticas e perseguições e o infeliz, sofre ações não somente da oposição inquieta, mas da Justiça que não dá nem um minuto de trégua. E quando ele, em seu segundo mandato, toma um pouco de folego para fazer algo grandioso, ninguém deixa fazer nada e ai, adeus ao sonho de se fazer alguma coisa. Finalizando, quem quer ser candidato digamos, a prefeito, pense a partir de agora se vale a pena. Se você é do tipo honesto que quer trabalhar de verdade para o povo, prepare-se para a ingratidão, traição, maldição e todo “ão” que você conseguir escrever. Aos olhos do povo, por culpa dos maus políticos, nenhum presta, nenhum é honesto.
Agora, se você pretender ser um administrador público, e tem a ideia de que tudo é um “paraíso” e que você vai fazer a “farra”, vai dar emprego para a família toda, para os amigos, os financiadores da campanha, os aliados políticos, vai ficar rico com empreiteiras e fornecedores desonestos, mandar e desmandar, ser o coronel intocável da cidade, o “bão na fita” lhe digo que “o sonho acabou”. Se eleito, agora você só vai ter quatro anos, talvés até cinco se for aprovado em Brasília. Tempo pequeno para não fazer quase nada num país como o Brasil, que vai demorar uns 10 anos para se recuperar do desastre causado pelos irresponsáveis da nossa política.
Doações de Campanha
Doar dinheiro para candidatos ficou
agora, mais complicado. Depois dos escândalos que envolveu a Petrobrás, através
da bem sucedida “operação lava jato” defragrada pela Polícia Federal, o “medo”
de se envolver com políticos, quando o assunto é doação de campanha,
estabeleceu-se. Os riscos da má interpletação de juristas afastam o
“empresário” do “político”. Os deputados e senadores ainda não chegaram a um
consenso definitivo, mas as novas regras vão dizer logicamente, o futuro das
doações que a princípio, serão agora para o partido. Quem vai comandar a
“conta” a partir de então, será o “chefe”. Se for definido assim, mudou o que
mesmo?
O Prefeito Profissional
Conheço
dois tipos de prefeito. O que dá seu tempo, seu salário e tudo que puder para o
povo. Esse é adorado, amado, idolatrado e todo mundo quer ele de volta. O outro
é o político profissional. Ele toma seu tempo com suas mentiras e articulações,
é odiado e ninguém o quer de volta ou por perto. O primeiro é perseguido por
ser muito bom e esse, não quer mais voltar. O segundo sempre retorna por ser
muito “bom” para ele mesmo. Sabe que o
“dinheiro” vai ser a definição de sua eleição. E de quem é da culpa por existir
esse político profissional? Se você já pediu, ou aceitou algum favor de um
político na época da eleição, então você é um dos réus. A culpa é sua também.
Concluindo...
Quem tinha planos políticos de perdurar
no poder, pode mudar seu rumo. Agora você tem pouco tempo para fazer muito
pouco, e “torcer” para não sair com menos do que entrou e ainda correr o risco
de quando sair for criticado e taxado de “ladrão” sem nunca ter roubado, e
enfrentar processos após o mandato por simplesmente ter “tentado” fazer alguma
coisa pelo povo. E agora meus caros? E agora José?
Por: M. Maran (Consultor em Marketing Político). Diretor Executivo e Editor do Jornal Primeira Linha Regional.
E AGORA JOSÉ
E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, você?
você que é sem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
que ama, protesta?
e agora, José?
Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José?
E agora, José?
Sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio – e agora?
Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora?
Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse…
Mas você não morre,
você é duro, José!
Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja a galope,
você marcha, José!
José, para onde?



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