MÁRIO COVAS, UM HOMEM
NO MELHOR SENTIDO DA PALAVRA
Hoje vou publicar a biografia de Mário Covas Júnior que é para mim o maior HOMEM público da história desse País, e espero que ela sirva de exemplo para que alguns aprendizes de políticos de nossa cidade possam aprender o que é ser HOMEM, pois homem que é homem encara o outro de frente e não pelas costas e na covardia, homem que é homem não se faz valer de um cargo público que é transitório para perseguir e sacanear as pessoas, quem assim faz demonstra que o ocupante da função não esta a altura da importância do cargo.
Mário Covas só foi o que foi, e só chegou aonde chegou, porque pautou sua vida pública na verdade, na liberdade, na honestidade e no caráter, ele nunca usou de nome de família para ser alguém, ele sempre andou e caminhou com suas próprias pernas, era trabalhador e nunca viveu parasitando ninguém, pois era homem de personalidade e caráter, e o melhor, foi prefeito de São Paulo e Governador da locomotiva desse País que é o Estado de São Paulo.
Mesmo depois de quase 09 anos de sua morte nunca se ouviu dizer nada que o desabone ou macule o seu nome, nunca se ouviu falar de seu nome envolvido em super faturamento, em benesses ou privilégios para parentes ou em coisas obscuras, ele sim, tinha berço, pois berço não é ter sobrenome tradicional, mas é ter CARÁTER E VERGONHA NA CARA, e isso ele tinha de sobra, inclusive para doar para determinados políticos que não tem!
Não convivi dentro da casa de Mário Covas, mas tenho certeza que suas tardes eram trabalhando e fazendo acontecer, pois com certeza não era dormindo ou assistindo "Vale a Pena Ver de Novo", aquele programa de reprises de novelas a tarde na TV.
Recordo-me de duas passagens do Governador Mário Covas que me marcaram muito.
A primeira foi a greve dos professores públicos de São Paulo, os grevistas foram para a porta da Secretaria de Estado de Educação e proibiram a entrada de quem queria trabalhar, pois bem, o próprio Mário Covas foi até a secretaria e numa praça pública enfrentou os grevistas, frente à frente, cara à cara como um VERDADEIRO HOMEM faz, pois só os fracos e os omissos fogem dos problemas, e que fique claro que ele foi sozinho, sem segurança ou jagunços.
A outra passagem foi uma rebelião na penitenciária do Carandiru, na época o Senador Eduardo Suplicy do PT no afoito de aparecer para a imprensa e para a população foi para a penitenciária e disse que iria dormir lá com os presos para ele mesmo cuidar da integridade física deles, pois bem, o Governador Mário Covas saiu do Palácio dos Bandeirantes e foi até a penitenciária, lá ele determinou a retirada imediata do Senador do prédio central do presídio e ainda liberou para que o Senador levasse para sua casa quantos detentos quisesse, e que o Senador fosse cuidar dos presos na casa dele, mas que dentro do prédio do presídio ele não ficaria, e que ficasse o Senador sabendo, que o Estado de São Paulo tinha Governador e não um omisso covarde no comando.
Imagino se tais fatos acontecessem com determinados políticos, nossa, não tenho dúvida de afirmar que eles mandariam suas mulheres para resolverem os problemas para eles, pois quando uma pessoa não tem coragem e nem caráter alguém tem que ter por ele.
Mário Covas Júnior (Santos, 21 de abril de 1930 — São Paulo, 6 de março de 2001) descendente de espanhóis filho de Mario Covas e Arminda Carneiro Covas. Casado com Florinda Gomes Covas, deixa dois filhos, Renata e Mario, e quatro netos: Bruno, Gustavo, Mario e Sílvia.
Cursou o primeiro grau no Colégio Santista e o segundo grau no Colégio Bandeirantes, em São Paulo, onde também se graduou em química industrial e foi em seguida professor. Formou-se engenheiro civil pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, turma de 1955. Teve intensa militância na política estudantil dos anos 50 e foi vice-presidente da UNE - União Brasileira dos Estudantes - em São Paulo. Formado, prestou concurso público na Prefeitura de Santos, onde trabalhou como engenheiro até 1962.
Praticou vários esportes na juventude, dedicando-se especialmente ao tênis e ao futebol. Sócio remido e Conselheiro Emérito do Santos Futebol Clube.
Candidatou-se a prefeito de Santos em 1961, pelo PST, obtendo o segundo lugar na votação. No ano seguinte, e pelo mesmo partido, elegeu-se deputado federal. Com a extinção dos partidos políticos em 1966, foi um dos fundadores do MDB, pelo qual nesse mesmo ano se reelegeu deputado federal.
Candidatou-se a prefeito de Santos em 1961, pelo PST, obtendo o segundo lugar na votação. No ano seguinte, e pelo mesmo partido, elegeu-se deputado federal. Com a extinção dos partidos políticos em 1966, foi um dos fundadores do MDB, pelo qual nesse mesmo ano se reelegeu deputado federal.
Covas foi então escolhido líder da bancada oposicionista na Câmara dos Deputados. Aos 37 anos de idade, o jovem parlamentar liderava uma bancada composta por figuras expressivas da vida política brasileira, como Tancredo Neves, Ulysses Guimarães, Franco Montoro, Yvete Vargas, entre outros.
Desde o primeiro mandato, iniciado em 1963, até o final do segundo, em 1968, Mario Covas foi todos os anos incluído na lista dos melhores parlamentares, organizada anualmente pelos jornalistas que cobrem o Congresso Nacional.
Em 16 de janeiro de 1969 teve seu mandato cassado pela ditadura militar e os direitos políticos suspensos por dez anos. Alijado da vida política do país, Mario Covas dedicou-se à atividade privada, como engenheiro.
Embora proscrito, Covas nunca perdeu contato com seus companheiros e com a política. Ao recuperar a plenitude de seus direitos políticos, em 1979, foi nesse mesmo ano eleito presidente do MDB de São Paulo. Com a extinção do MDB, foi o principal articulador da fundação do PMDB e seu presidente estadual em três mandatos.
Eleito deputado federal com 300 mil votos em 1982, foi nomeado em março de 1983 secretário dos Transportes do governo Montoro. Indicado por Montoro e aprovado pela Assembléia Legislativa, tornou-se prefeito da Capital paulista em 10 de maio, cargo que ocupou até 31 de dezembro de 1985.
Os 33 meses da gestão Covas na Prefeitura paulistana foram dedicados a "encurtar as distâncias sociais" da cidade, como costumava dizer, com absoluta prioridade a obras e serviços na periferia. Desse período ficaram três marcas definitivas: os mutirões para construção de guias e posterior pavimentação de ruas, com intensa participação popular; a intervenção nas empresas privadas de ônibus, que ameaçavam locaute; e a instituição do passe gratuito no transporte coletivo para idosos, iniciativa pioneira no país.
Após deixar a Prefeitura, Mario Covas foi eleito senador, em 1986, com a maior votação da história do Brasil até então: 7,7 milhões de votos. Líder do seu partido na Assembléia Nacional Constituinte, Covas foi o grande articulador das comissões temáticas que garantiram a participação democrática de todos os segmentos organizados da sociedade na elaboração da Carta Magna.
Em junho de 1988, Mario Covas foi um dos fundadores do PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira - e, meses depois, seu presidente nacional. No ano seguinte, 1989, seu partido o fez candidato a presidente da República, eleição em que obteve o quarto lugar. Em 1990, outra vez o PSDB o fez candidato, desta vez a governador, ficando em terceiro lugar.
Prestes a encerrar seu mandato de senador, Mario Covas foi eleito governador do Estado de São Paulo em 1994 com 8,6 milhões de votos e reeleito em 1998 com 9,8 milhões. Seu primeiro mandato foi dedicado ao saneamento das finanças públicas, encontradas em situação calamitosa. O ajuste fiscal e o equilíbrio orçamentário praticados por Covas em São Paulo foram o principal fator de êxito do Plano Real e a conseqüente estabilidade econômica conquistada pelo país.
Com as finanças públicas em ordem e com um bem sucedido programa de privatizações e concessões, o governo Covas iniciou seu segundo mandato com a possibilidade de realizar o maior programa de investimentos da história de São Paulo.

"Fazer política é uma coisa muito simples, apesar de muitas pessoas pensarem o contrário. Para mim, política é cultivar os valores da verdade, da liberdade, da honestidade, do caráter."
"O problema fundamental é a impunidade, que criou um tipo de cultura."
“A corrupção na administração pública agora é organizada, quase partidarizada. Uma barbaridade inaceitável.”
"Não me venham falar em adversidade. A vida me ensinou que, diante dela, só há três atitudes possíveis: enfrentar, combater e vencer."
"Eu não tremi de medo na frente de general, não vou morrer de medo na frente de vocês."
"Ninguém vai impedir o governador de entrar em uma secretaria de Estado pela porta da frente."
"Se eu tenho disposição para enfrentar (a doença)? Eu tenho disposição para enfrentar vocês, jornalistas, você acha que eu não vou enfrentar a doença?".
"Eu me desculpo por não estar atendendo a população na questão da segurança."
"Não envolvo Deus em luta política. Ele já tem muito trabalho para fazer."
"E para que me credencie a defender a minha verdade, começo por manifestar a humildade de saber que existem outras verdades e que elas são tão sustentáveis quanto às minhas e que a única razão pela qual um homem, um democrata passa a ter o direito de defender a sua verdade é exatamente o respeito que ele manifesta pela alheia."

Nenhum comentário:
Postar um comentário