Julho e Janeiro
são períodos de férias escolares da criançada e por isso é preciso atenção
redobrada. Afinal, com bastante tempo livre, os pequenos estão mais suscetíveis
a acidentes domésticos. Com os devidos cuidados, até 90% dos acidentes podem
ser evitados. Os acidentes ou lesões não intencionais representam a principal
causa de morte de crianças de até 14 anos no Brasil.
Além dos traumas,
decorrentes de quedas, o contato com produtos de limpeza e materiais
inflamáveis pode ser perigoso nos primeiro anos de vida. Só em 2014, mais de 45
mil crianças foram internadas em decorrência de traumas, envenenamento ou
queimaduras. A principal dica é manter estas substâncias fora do alcance das
crianças, principalmente os venenos, que devem ser armazenados longe de
remédios e alimentos.
Medidas simples
do dia a dia podem proteger a criança contra queimaduras. Ao cozinhar, por
exemplo, o ideal é manter as crianças em outro cômodo sob o cuidado de outro
adulto. Dê sempre preferência às bocas da parte de trás do fogão e mantenha os
cabos das panelas direcionados para o centro e não para fora. Existe uma trava
para impedir que a criança consiga abrir o gás e a porta do fogão que pode ser
utilizada. Fósforos, isqueiros e álcool não devem ficar ao alcance delas.
Viagens
Em caso de
viagens, é importante estar atento a alguns detalhes. Muitas crianças viajam
sozinhas neste período do ano. Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente,
em viagens nacionais, os menores de 12 anos desacompanhados precisam de
autorização dos pais ou responsável legal para viajar, não importa o veículo de
transporte. Já em viagem internacional, a autorização é necessária até os 18
anos.
Como algumas
regiões exigem vacinas específicas, a carteira de vacinação deve ser atualizada
antes do inicio das férias. É importante lembrar que para atingir a proteção
necessária, cada vacina tem um período que pode variar entre dez dias e seis
semanas. Por isso, é importante que a carteira de vacinação seja verificada com
antecedência.
Antes da viagem,
o pai, mãe ou responsável legal deve comparecer ao fórum da Infância e
Juventude da região, portando RG, CPF e comprovante de residência, além do
documento do menor para redigir a autorização. É aconselhável ir com
antecedência, pois cada local um tem um prazo para a entrega do documento. É
preciso conferir também se a empresa que fará o transporte exige outro
documento específico.
Menores de 12
anos não precisam de autorização para viajar com parentes de até terceiro grau,
como avós, bisavós, irmãos, tios ou sobrinhos maiores de 18 anos. O menor
precisa estar com um documento como RG ou certidão de nascimento. E o
acompanhante deve portar documento original com foto que comprove o parentesco.
Adolescentes, de 12 a 18 anos, podem viajar sozinhos em território nacional,
apresentando apenas a carteira de identidade.
SAÚDE DA CRIANÇA
= ALIMENTAÇÃO
O cuidado com as
crianças é uma grande preocupação da família e qualquer momento de distração
pode ser fatal. A alimentação um ponto importante de alerta. Segundo a Pesquisa
de Orçamentos Familiares (POF) 2008-2009, o último material realizado pelo IBGE
em parceria com o Ministério da Saúde, uma em cada três crianças de 5 a 9 anos
está acima do peso recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Já o déficit de
altura, importante indicador de desnutrição, caiu de 29,3% (1974-75) em para
7,2% (2008-09). A criança que cresce com sobrepeso e obesidade não tratada tem
uma grande possibilidade de ser um adulto doente. A obesidade gera doenças
associadas como hipertensão, diabetes e várias cardiopatias.
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