quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

DE PORTA EM PORTA, AGENTES DE SAÚDE TENTAM CONTER PROLIFERAÇÃO DO AEDES AEGYPTI....

Agentes de Combate a Endemias (ACE) atuam nos bairros da cidade batendo de porta em porta para alertar à população quanto aos riscos do Aedes aegypti e prevenção às doenças provocadas pela picada do mosquito. Pela primeira vez, o mosquito circula em todo Brasil transmitindo, ao mesmo tempo, os vírus da Dengue, Chikungunya e Zika. Esse último, o temido agente causador de má formação do cérebro em fetos (microcefalia).
                                                                        
Segundo as informações mais recentes do Ministério da Saúde, até o momento há 2.401 casos de microcefalia com 29 mortes no País, com o maior número dos casos surgidos a partir de novembro. Em condições normais, os casos de microcefalia no País não chegam a 400 por ano. Em 2014 foram 147 casos.

É caracterizado como microcefalia bebês que apresentam perímetro cefálico inferior a 32 centímetros. Abaixo desse tamanho, o cérebro não consegue se desenvolver de maneira plena, com cerca de 90% das microcefalias associadas ao retardo mental.

O risco maior em uma infecção por zika, dengue ou chikungunya está na fêmea, que pica as pessoas buscando o sangue necessário para a maturação dos ovos. Cada fêmea do Aedes aegypti coloca, em média, 1.500 ovos e esses ovos duram cerca de 400 dias.

Além de medidas conhecidas como não acumular água em vasos de plantas, retirar entulhos dos quintais, manter garrafas e recipientes virados para baixo, as pessoas têm que cuidar das calhas, limpar, retirar folhas para não deixar acumular água. Devem prestar atenção em banheiros, cuidar dos ralos, dentro e fora de casa, observando se há água parada. O mais importante nessa luta é evitar a formação de criadouros do mosquito.

Um risco que passa despercebido são as árvores. Algumas são ocas, possuem buracos no caule ou empoçam água juntada por raízes expostas. Nesses lugares, os ovos podem passar mais de um ano depositados esperando a água cair para eclodirem e virarem larvas. Em 10 dias o mosquito estará formado.

De casa em casa - A luta contra o mosquito Aedes aegypti tem que ser feita em cada casa. Batendo de porta em porta, os agentes vêm se deparando com dificuldades que variam de bairro para bairro, de cidade para cidade.

Em algumas situações muitas casas estão fechadas, com os moradores fora durante o período do trabalho. Nesses casos, as famílias têm que, a cada fim de semana, “dar uma geral” no quintal, varanda, verificando ralinhos, árvores, calhas, plantas, garrafas, pneus, fechando bem as caixas d’água e eliminando entulhos.

Há também casas abandonadas, à venda ou anunciadas para aluguel, que permanecem fechadas e com alto risco de criadouros dos ovos do Aedes. No combate ao mosquito, os moradores devem entrar em contato com o Disque Dengue no 160 para comunicar os riscos.

Em outros casos, pessoas recusam a visita dos agentes por questões de segurança. No entanto, antes de dispensar os agentes, é recomendável ligar para o 160 para se informar se naquele dia está programada a visita dos agentes naquela localidade.

Hospedeiros - Os agentes de saúde e de vigilância ambiental e sanitária correm contra o tempo. Com o período de férias e viagens mais frequentes a circulação dos vírus pelo País deverá aumentar.

Os agentes explicam que uma pessoa em viagem que for picada pelo mosquito transmissor do zika, dengue ou chikungunya levará o vírus para sua cidade de origem. Em sua cidade de origem, essa pessoa será picada por um mosquito e transmitirá a esse mosquito o vírus. E esse mosquito, por sua vez, picará outras pessoas aumentando o risco da circulação dos vírus, da transmissão de doenças e de microcefalia.

Em viagens, a recomendação é usar repelentes e observar a incidência de mosquitos, evitando, nessas situações, roupas que deixem braços, pernas, mãos e pés expostos à ação do Aedes.

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