- SAMU, boa noite, Shirley,
- Quem fala?
- Carlota Joaquina
- Carlota Joaquina, o que está acontecendo?
- Aqui, o meu pai está com uma dor muito forte no peito, está vomitando e suando muito, ele tem pressão alta.
E Shirley passa para o regulador, o histórico da ocorrência.
E lá vai o SAMU em outra ocorrência.
Examinado o paciente, colhido o histórico, o medico da equipe decide o paciente tem 90% de possibilidade de está fazendo um IAM (infarto agudo) e deve ser encaminhado imediatamente ao hospital Municipal.
Em poucos minutos, lá estão eles.
Corredores com todas as macas ocupadas, super lotação, a rotina de sempre.
Só uma maca sem ser ocupada, sonolenta, vazia, parecendo dormir um sono eterno, e nela uma plaquinha de identificação “MACA DO MAROCA”.
Quando os funcionários do Hospital e do SAMU, iam colocá-lo na maca, o paciente gritava...
- Ai, Ai, Ai, doutor, pelo amor que o senhor tem a Deus, a sua família.
Eu tenho cinco filhos pequenos que dependem totalmente de mim, eu não quero morrer não doutor.
O medico demonstrando, segurança e conhecimento de urgência, procurou tranqüilizar o paciente, dizendo-lhe:
- Não meu senhor, fique tranqüilo, nos já temos o diagnóstico e o tratamento que irá curá-lo.
Mas o paciente aumentava os gritos e aos apelos, ao medico plantonista.
- Não doutor, eu confio na sua competência, nos enfermeiros e nos técnicos de enfermagem. Mas o que me causa pavor e insegurança quanto ao meu futuro é ter que deitar na “MACA DO MAROCA”. Não vou me deitar nela, está maca está cheia de “ziquizira” e se esqueceram de benzê-la, me deito no chão, mas nesta maca não Doutor. Nela é deitar e dormir eternamente.
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