ABAIXO-ASSINADO
PARA COIBIR O ABUSO DOS CARROS DE SOM
PARA:
CÂMARA MUNICIPAL DE SETE LAGOAS
"Em
geral, até por um instinto de sobrevivência, nos sentimos obrigados a fazer um
esforço para entender os novos tempos e buscar uma adaptação a eles. É natural
que determinado comportamento proibido ou desaconselhável hoje seja permitido e
aceito amanhã. Assim deve ser até um limite que considere regras básicas de uma
convivência civilizada, parte das sociedades em qualquer que seja o seu tempo.
A
música diz muito de como as mudanças se processam no comportamento das pessoas
e da própria coletividade. Se é que a gente pode denominar música o barulho que
saia de uma super-aparelhagem de som, destas que ocupam todo o bagageiro dos
carros atualmente, numa tarde da semana passada, em dia útil, na Avenida Dom
Manoel. O que saia dali era um desfile de palavrões, um após o outro, os mais
absurdos e inacreditáveis quando lançados ao público daquela maneira. Embalados
sob o ritmo, até agradável, de um funk.
Mais
do que sinal dos tempos, ali se explicitava o momento de degradação social que
experimentamos. O outro lado da falta de liberdades individuais não é, ao
contrário do que alguns pensam, o direito de fazer o que quiser, sem qualquer
respeito ao alheio. O olhar assustado e passivo das pessoas nas calçadas, mesmo
que algumas até demonstrassem se divertir com aquele espetáculo grotesco, era o
maior sinal de que o semblante de naturalidade do rapaz que seguia na direção
do veículo não encontrava respaldo no mundo à volta dele. Respeite-se o seu
direito ao mau gosto, desde que nos seja assegurado não compartilhar da mesma
extravagância musical, artística ou o que seja.
Aliás,
a discussão sequer deve ser levada ao âmbito cultural, inicialmente. É mais uma
questão de entendermos a importância de regras de entendimento social que
consolidem o limite dos nossos direitos vislumbrando o que é interessante do
semelhante, de quem compartilha o espaço de uma cidade que pertence a
todos."
Este
artigo foi escrito pelo jornalista Gualter George e trata do abuso dos carros
com suas aparelhagens de som absurdamente potentes e que incomodam toda a
população de Fortaleza, tanto pelo mal gosto das "músicas", quanto
pela altura com que elas são tocadas.
O
texto descreve a situação de Fortaleza, mas serve para descrever o que acontece
em nossa cidade, Sete Lagoas. É um desfile interminável de carros de som pela
cidade, verdadeiros trios elétricos, especialmente na orla da Lagoa Paulino.
Parece até uma competição: Quem toca mais alto e quem tem a "música"
mais absurda.
Como
cidadãos, temos obrigação de cobrar das autoridades, dos nossos vereadores, da
Secretaria de Meio Ambiente, da Polícia, do Promotor, providências contra este
abuso, este incômodo. Defender o meio ambiente é também proteger o lugar onde
vivemos, nossos ouvidos, nosso sossego, nosso sono. Onde está a “ Lei do
Sossego” que tramita na câmara municipal? Foi mais um joguete eleitoreiro e foi
engavetada?
Este
abaixo assinado destina-se a sensibilizar as autoridades para que elas tomem
providências com a finalidade de coibir os abusos e fazer valer a Legislação.
Os
signatários
Para
assinar click [AQUI]
BASTA,
CHEGA DE TIRAREM NOSSO SOSSEGO... VAMOS TODOS ASSINAR....!!!
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