A Campanha
“Salve a Água”, desenvolvida pelo Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) e
Prefeitura de Sete Lagoas, ganhou um aliado de peso: as escolas públicas. Na
terça-feira, 5, foi encerrada a série de workshops realizada com educadores do
município para que fossem repassadas informações e os objetivos da campanha e,
também, convidá-los a apoiar a causa e mobilizar seus alunos por meio de
atividades em sala de aula.
O workshop
reuniu, no auditório da Secretaria Municipal de Educação, professores da
Educação Infantil e de creches. Os encontros anteriores foram realizados nos
dias 29 e 30 de abril e envolveram, respectivamente, professores do Ensino Fundamental
e Ensino Médio (inclusive de escolas da rede estadual) e orientadores e
facilitadores do CRAS e CREAS. Antes, no dia 15 de abril, o público alvo foram
os gestores das instituições educacionais. No total, cerca de 250 educadores
foram capacitados.
“Saímos desses
encontros felizes com a receptividade dos educadores. Muitos deles se mostraram
sensíveis e dispostos a nos ajudar e a levar adiante esta campanha, que é
fundamental para mudar hábitos em relação ao consumo dos recursos hídricos, uma
demanda que se faz urgente não somente em Sete Lagoas, como em todo o país”,
afirmou a diretoria financeira e administrativa do SAAE, Maria Silvia de
Vasconcelos.
Segundo ela,
mais do que isso, os workshops demonstraram que em diversas escolas já existem
iniciativas visando a conscientizar seus alunos sobre o uso consciente da água
e o combate ao desperdício. “Acreditamos que, ao selarmos essa parceria com as
escolas e as unidades da rede socioassistencial, tais ações tendem a se
propagar e a se multiplicar. Com isso, Sete Lagoas dá um exemplo de que é
possível trabalharmos juntos para o bem comum”, completou. Na oportunidade, foi
apresentado o Professor H20, mascote que dará suporte às ações da autarquia e
das escolas participantes.
A
CRIANÇA COMO AGENTE MULTIPLICADOR
Ao pensar na
campanha, o SAAE elegeu as escolas para o desenvolvimento das ações com o
objetivo de criar nos alunos uma nova mentalidade em relação a como usufruir
dos recursos oferecidos pela natureza. E esses pequenos cidadãos, quando
conscientizados, podem se tornar agentes multiplicadores de boas práticas,
cobrando dos adultos que revisem seus hábitos e também adotem comportamentos
ambientalmente corretos.
“A Secretaria
Municipal de Educação não só abraçou essa causa como irá se empenhar cada vez
mais para que as escolas se mobilizem e reforcem suas ações pelo consumo
consciente da água. Esse é um compromisso assumido pela nossa secretária,
Mércia Lucia Diniz Souza”, frisou a coordenadora de Educação Ambiental,
Projetos e Parcerias, Eloise Guimarães Ferrão Almeida.
NÚMEROS
QUE DÃO O QUE PENSAR
Durante os
workshops foram repassadas aos educadores informações sobre a situação dos
recursos hídricos no Brasil e no mundo, de forma geral, e em Sete Lagoas, de
forma particular. Eles também receberam dicas e subsídios sobre como trabalhar
a temática com seus alunos, em sala de aula.
Um dos
expositores, o geógrafo Brenner Henrique Maia Rodrigues, revelou que o consumo
médio de água por habitante/dia, no Brasil, é de 167,5 litros. Em Sete Lagoas,
o consumo médio é de 199,8 litros/ dia. Segundo a Organização das Nações Unidas
(ONU), uma pessoa precisa de 110 litros por dia, dado que reforça a necessidade
de uma nova mentalidade em relação ao consumo no município.
Em uma casa,
os locais onde mais se gasta água são o vaso sanitário, o chuveiro e a cozinha.
Brenner chamou a atenção para um fato que poucos percebem: o consumo indireto
de água nos produtos que adquirem. Por exemplo, para se produzir um pãozinho de
sal de 100 mg são utilizados, em média, 160 litros de água. Em 100 gr de carne
bovina são usados 1.540 litros; e em um copo de cerveja, 75 litros. Uma simples
folha de papel consome, em seu processo de produção, 10 litros de água.
O geógrafo
citou outras atitudes comuns no dia a dia que também afetam a quantidade e a
qualidade da água, mas que passam despercebidas. “Para cada litro de óleo de
cozinha descartado indevidamente na natureza são contaminados cerca de 20 mil
litros de água de rios, lagos, córregos e praias. Além disso, a tubulação de esgoto também é danificada,
causando entupimentos e outros problemas
na rede”, exemplificou.
PRÓXIMOS
PASSOS DA CAMPANHA
Depois da
capacitação dos educadores, a Campanha Salve a Água entra, agora, em uma nova
fase, com o monitoramento dos projetos desenvolvidos pelas escolas, até o mês
de outubro. Neste período, os educadores poderão solicitar visitas, suporte e
material de apoio ao SAAE e aos técnicos da empresa que assessora a autarquia
no desenvolvimento da Campanha.
É objetivo,
ainda, dar visibilidade às boas ações realizadas nas escolas que serão
transformadas em sugestão de pauta para os veículos de comunicação da cidade e
região. Dessa forma, pretende-se que outras instituições de ensino tomem
conhecimento das atividades e possam se inspirar nelas para mobilizar suas
escolas.
No
encerramento da campanha, em outubro, serão homenageados os alunos e as escolas
que mais se destacaram, seja na elaboração de projetos criativos, seja na
comprovação de que houve redução do consumo em suas dependências.
AS
AÇÕES DO SAAE
O SAAE entende
que não basta a população fazer sua parte. É necessário que o poder público
também tenha ações concretas em favor dos recursos hídricos. Nesse sentido, a
autarquia iniciou uma série de ações em Sete Lagoas, muitas delas já em andamento.
Conheça algumas delas:
- Construção
da Estação de Tratamento de Água (ETA), em Funilândia, com previsão de término
ainda este ano;
- Investimento
em novas tecnologias, com a supervisão automatizada e em tempo real de estações
e poços tubulares;
- Investimento
em tecnologia para conter perdas, seja por parte dos usuários ou do próprio
SAAE;
- Implantação
do sistema de rastreamento e gestão da frota veicular;
- Construção
de 12 novos reservatórios metálicos, com volume total de 7.250 m³ de água;
- Elaboração
do Plano Municipal de Saneamento Básico;
- Construção
da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE - Matadouro), com obras previstas para
serem iniciadas a partir do segundo semestre.
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